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Joaquim, black friday e consumismo

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"Somos todos iguais nessa noite..." esse deve ser o sonho do poeta Ivan Lins. Todos iguais, todos, absolutamente iguais. E no Brasil onde a cultura estadunidense insiste em nos trazer o que de pior há por lá, vemos, emocionados, a história desse brasileiro, negro, pobre e agora, presidente da maior corte de justiça do Brasil. "Era só mais um Joaquim, cuja estrela não brilha, ele era funkeiro, mas era pai de família"... com ele não aconteceu o que descreve a música. Ele é um milagre. Absoluto. Mas não por ser negro. Mas por ser negro e pobre e do interior e carregar todos os "nãos!" que recebeu da vida e da sociedade e ainda assim chegar onde ninguém em condição semelhante a sua chegou no Brasil. Estudou, trabalhou, foi faxineiro, família muito simples. E chegou ao Supremo. Mas se fosse só faxineiro, seria mui digno. O que não é digno é um brasileiro ter potencial para ascender posições na tal "escalada social" e não poder por questões de de