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Mostrando postagens de 2012

Joaquim, black friday e consumismo

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"Somos todos iguais nessa noite..." esse deve ser o sonho do poeta Ivan Lins. Todos iguais, todos, absolutamente iguais. E no Brasil onde a cultura estadunidense insiste em nos trazer o que de pior há por lá, vemos, emocionados, a história desse brasileiro, negro, pobre e agora, presidente da maior corte de justiça do Brasil. "Era só mais um Joaquim, cuja estrela não brilha, ele era funkeiro, mas era pai de família"... com ele não aconteceu o que descreve a música. Ele é um milagre. Absoluto. Mas não por ser negro. Mas por ser negro e pobre e do interior e carregar todos os "nãos!" que recebeu da vida e da sociedade e ainda assim chegar onde ninguém em condição semelhante a sua chegou no Brasil. Estudou, trabalhou, foi faxineiro, família muito simples. E chegou ao Supremo. Mas se fosse só faxineiro, seria mui digno. O que não é digno é um brasileiro ter potencial para ascender posições na tal "escalada social" e não poder por questões de de

Tenho Esperança...

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Tenho Esperança, pois a Esperança é um ente, algo vivo, algo nada etéreo. Provérbios apresenta como algo pessoal. Eu tenho Esperança. Mas digo mais... Tenho Esperança , pois o "complexo de vira-latas", tão proclamado por Nelson Rodrigues e por todos os que assim se enxergam, ignorando que o autor do termo nasceu apenas 24 anos após o início da República, tal complexo não existe mais... Tenho Esperança , por que a República jovem, de um país ainda neófito, apresenta sinais de punidade dos que se julgavam inatingíveis, por serem elitizados (seja lá o que isso signifique)... Tenho Esperança , quando vejo o país se unindo não apenas pelo futebol ou outras práticas esportivas, mas por justiça, por bem-estar, por todos... Tenho Esperança , quando o processo eleitoral aprofunda os embates entre oposições e obriga a ambos, quando no exercício do poder, a terem que fazer algo sob a pena da punição eleitoral adiante... Tenho Esperança , ao saber que milhões de brasileirinhos

CORDEL sobre meu livro "POBRES E RICOS" - por André de Oliveira

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"Seu opúsculo pequeno Traz a gota do sereno (nem só de temporal se vive) Lendo-o, pode crer, retive Examinei de tudo Contive-me no conteúdo E onde nunca estivera, estive   A fábula é preciosa Fornece sustança à prosa Prende de vez o leitor Como o brilho furtacor Que se percebe na nuança Palavras se entrelaçam na dança Feito caule, espinho e flor   Por certo há de incomodar Quem só conjuga somar E tem um quê por Mamom E solfeja em semitom Vive à caça de vento N a avidez do avarento Acaba perdendo o tom Ensinos de Jesus: justos Mas há que avaliar os custos Abrir mão do ego Que é mestre em dar nó cego Nem todos estão dispostos Porque o mundo traz os opostos Martelo apanhando do prego Onde está a segurança? Na bolsa? Na poupança? Títulos de capitalização? O sistema é malsão Mascara o dividendo Quem pensa estar crescendo No fim deve um milhão A lógica da conjuntura Faz

De: Eduardinho - Para: Eduardo

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Toca o celular. Há três horas minha mente foi vencida pelo cansaço do corpo e apaguei. Mas agora que despertei, as lembranças voltam com mais força ainda. Pai, o que escrever sobre você, gente boa? Por que escrever sobre você? Que dor é essa que nunca passei em minha vida? Que estranho. Consolei tantas pessoas e confesso que achava tudo um pouco exagerado, ou considerava que as pessoas eram mais fracas. Mas e agora? Pensei em histórias suas. São inúmeras. Pensei nos ensinamentos. São tantos. Pensei nos seus defeitos e debilidades. Tamanhos. Mas quanto amor, meu pai! Que ima você possuía que agregava as pessoas ao seu redor e fazia de você o centro das atenções?! Você foi meu herói. Um pai inteligente, bonito, engraçado, presente. Você foi meu orgulho, minha alegria. E o medo de perder você, após a morte de minha mãe, e quando consegui entender essa morte, foi meu pesadelo constante. Roteiro de um filme de terror noturno que insistia em me perseguir. É o inconsciente, não é me

Vovô Olympio e a Paternidade

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Dormi um sono vespertino, num domingo, e sonhei, uma vez mais, com meu amado avô Olympio. Para mim era apenas "Vovôlimpo!" Acordei com os olhos marejados - e para um escritor, nada melhor que a emoção, a sensibilidade, para "colocar no papel", ou melhor, "colocar no computador" coisas, no mínimo interessantes. Pois meu avô foi uma criatura linda. No físico também, com aqueles olhos azuis como nunca vi iguais. Um homem com histórias, muitos erros e muitos acertos, mas que nunca esqueceu um termo em particular: paternidade. Me ensinou (perdoe-me Machado de Assis, mas "ensinou-me" num blog fica demais ;) muitas coisas. Em sua ignorância da década de 1920/30 ensinou coisas à meu pai que beiraram a irracionalidade. Mas foi tão amigo de meu pai que eu só poderia ter sido (e ainda sou!) amigo do meu bom velho Duda, meu pai. Mas era presente, apresentava a vida como algo único, e que como algo único precisava se desfrutar. Não, não desfrutar de manei

Leituras, reflexões e controvérsias (claro!)

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O ano de 2011 foi um ano muito bom para mim. Profissionalmente, projetos parados que foram retomados, coisas simples como tratar dos dentes, pagar dívidas... enfim, um ano bom. Mas se há algo que fiz muito pouco, foi ler. Lamentável. Um ano perdido. Mas, como todo início de ano, a promessa de leitura como uma das prioridades foi cumprida. Quer dizer, está sendo! Aos que odeiam o gerúndio... lamentando o está sendo... horrível! Incrivelmente tenho estado empolgadíssimo em ler, retomar pensamentos, potencializar entendimentos. E claro, minha eterna busca por entender o mundo, as pessoas, o sistema, as injustiças, Deus, a religião, a hipocrisia, e muitos outros pontos que não colocarei aqui por questões de considerar demasiado chato enumerá-los. Então, quero expor aqui algumas das preciosidades que li e que estão remoendo dentro em mim. A vida de Marina Silva foi ano passado, mas finalizei em 2012. Que vida, que história. Que sinceridade. Minha candidata, apesar de considerar muit

Por que se estuda religião?!

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Para se refletir, sempre(!), um texto de Luiz Felipe Pondé, na Folha de São Paulo e compartilhado pelo amigo Julio Silveira. Vamos lá... _____________________________________ "Proponho algumas hipóteses sobre os motivos de estudar religião em vez de viver sua fé cotidiana. Você estuda religião? Aposto que, se sua resposta for "sim", a causa é uma das hipóteses abaixo. Somos previsíveis como ratos de laboratórios. Estudar religião cientificamente seria estudá-la sem fins religiosos, ou seja, "de modo objetivo": via neurologia, sociologia, antropologia, psicologia, história, filosofia. Trocando em miúdos, estudar religião cientificamente é estudá-la sem fins "lucrativos" para a própria fé do estudioso. Neste sentido, o melhor seria um ateu estudar Deus ou um cristão estudar budismo, porque assim não "lucrariam" com seus objetos de estudo. Duvido profundamente deste pressuposto. Não porque seja impossível em si nem porque neutralida

Haitianos no Brasil: “e quando te vimos estrangeiro e te hospedamos? Quando fizeste a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizeste” (Mat.25:38a,40b)

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Deus, o Pai, o Aba, o Criador, sempre, em toda a história da humanidade narrada pelo texto bíblico, teve preocupação com o estrangeiro. O termo “porque fostes peregrinos em terra estranha” aparece um sem número de vezes. E o veremos aqui algumas delas. As condições de um estrangeiro em qualquer terra são, normalmente, muito difíceis. A língua, a fisionomia, a cor de pele, a cultura, o cheiro, as vestes, a religião. Tudo ou quase tudo é diferente. E isso, em um mundo competitivo como o nosso é fator limitante ao extremo para que o estrangeiro consiga o êxito, muitas vezes, da subsistência. Tão somente subsistir. E é por conta dessa dificuldade que Deus sempre se preocupou em ensinar o povo a não violentar o estrangeiro – aproveitando-se das limitações já citadas para o explorar, para o maltratar, para o maldizer. Se formos citar todos os textos bíblicos, iremos ocupar muito espaço nesta reflexão. Mas em tempos de grandes mudanças no cenário político e macroeconômico, onde novas

Dia 17, há 17 anos... emoção única!

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A vida reserva muitas emoções, surpresas, alegrias e tristezas. A vida é incrível de ser vivida e quero crer que assim será para todos. Mesmo para os que menos têm coisas, bens, ou ainda para os adultos. Sim, porque para as crianças, em quase qualquer situação, parece valer muito a pena. Risadas, piadas, brincadeiras, energia. Tudo parece sem fim. O sono é quase como um desmaiar, um desligar da tomada. E o dia seguinte recomeça tudo de novo. Que alegria, que coisa linda! Mas dentre as maiores emoções, alegrias e surpresas que tive na vida, não é difícil dizer qual foi a maior de todas. E, claro, ela envolve criança. Pois há 17 anos atrás, no dia 17 de Janeiro de 1995, eu tive a maior de todas as alegrias. E eu era tão jovem... 21 aninhos... quis nascer de madrugada, meia-noite e meia. Teimoso! Nasceu. E ano que vem já será maioridade. Meu Deus, como pode?! Como passou depressa?! As surpresas? Ah, essas ocorrem quase todos os dias desde que essa alegria adentrou em minha vida, em

Ah, tá... e eu sou o Bozo...

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Pois é, quando não acredito em alguma informação, costumo dizer "me engana que eu gosto" - mas na verdade não gosto não! Ou então digo "... e eu sou o Bozo"... Enfim, apesar de perceber que há sempre conspiração no mundo, creio piamente que ela (a conspiração) está cada vez mais sutil. Daí resolvi escrever um breve post, porque senão esqueço! Será que somente poucos percebem?! :/ Bem, a Globo faz de tudo para chamar a atenção de sua programação... mas cada vez mais está aliançada com seus anunciantes (aqueles que pagam os horários em seu canal). Eu detesto bancos, na verdade TODOS os bancos. E o Bradesco não me traz nada em especial. Apenas, ouvir uma matéria no RJTV dizendo que há problemas para que os cariocas paguem o IPVA (que agora é retirado no Bradesco) antes de um imenso comercial do Itaú pedindo que os antigos correntistas que são funcionários do Estado escolham permanecer no Itaú (ao invés de irem para o Bradesco) é demais! Mas tudo bem... Jornal Regi