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Mostrando postagens de 2011

Saudade de você, minha véia...

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Pois hoje acordei com saudade da minha avó Celina. Avó não, pois ela me criou. Minha mãe. Quantas horas sem dormir por conta de minhas enfermidades... e quando precisei acordar muito cedo para estudar, era meu despertador acompanhado de leite com açúcar queimado. Com paciência me ensinou coisas difíceis para mim. Com rabugice típica das mães me cobrou notas no boletim e que eu não ingerisse álcool. Memórias duras ela tinha com álcool... e eu tive que seguir à risca. Por conta de tratamento com médico homeopata me cortou o chocolate, o café e a coca-cola. Cortar a coca, minha avó, ainda não consegui. ;) Mas com sorriso maroto a senhora fingiria não ver... Jogava bola comigo... e eu jogava bola dentro de casa. Sim, quebrando vidraças e outras coisinhas... mas o seu amor não ligava para isso. Com amor imenso me criou, educou, alimetou, vestiu (sim, o Dockside Samello e as roupas da Pier era ela quem me presenteava). Como esquecer de tudo isso, minha véia?! E como homenageá-la por

FELIZ NATAL, O %$&#@! - por Eduardo Nunes

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Não, eu não gosto do Papai Noel. Para mim ele é um canalha. Deixa um monte de crianças sem presente, sem alimento, sem esperança. Ah, sim, ele é uma personagem?! Criado por quem? Ah, por esse sistema capitalista e consumista. Então, ele é um canalha mesmo! Para não 'perder as estribeiras', preferi transcrever o maravilhoso texto de Eduardo Nunes, bom amigo que, Natal após Natal escreve melhor. Expressou maravilhosamente bem, sem a acidez do Duranzinho aqui. Enjoy! "Nesta época do ano, basta eu ouvir as musiquinhas de natal estilo Broadway-Disney para sentir despertar em mim os mais profundos sentimentos. Sentimentos assassinos. Não sei você, mas eu chego ao final do ano só o bagaço. O “pó da bactéria”, como diz uma amiga. Quando surge a primeira gôndola de panetone no supermercado, já me sinto ameaçado. O primeiro sorteio de amigo secreto vaticina o fim. Dá até taquicardia ao ouvir o primeiro ecoar do mantra “hoje é um novo dia, de um novo tempo que começou...”. Desde

"Porque um menino nos nasceu..."

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Como disse o mestre Leonardo Boff... “o menino quis ser homem, o homem quis ser rei, o rei quis ser deus, só Deus quis ser menino...” Pois é, porque um menino (ou menina para fazer justiça na questão de gênero!) minha esperança renasce sempre. O milagre da vida me fascina cada vez mais, quanto mais adquiro anos de vida – afinal não posso parar o tempo, não é?! Mas fico fascinado na presença de crianças, cada vez mais. Em especial meninas. Acho que por já ter um menino. Mas isso é só um comentário sem muita importância. O que sei é que a pureza das crianças me constrange. Sim, mas a pureza da vida em geral. Porque temos a tendência de achar que só a pureza em questões sexuais é o que é lindo na criança. E é por isso que combatemos os imbecis que têm interesses sexuais com crianças. Tema difícil para minha veia sanguínea e colérica. Ainda mais com meu tamanho... (vamos deixar para lá também). Mas as crianças não são corretas no que diz respeito ao egoísmo, aos ciúmes, às tentat

Há Juiz Iníquo no Brasil?!

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O Mestre de Nazaré, o maior de todos, ensinou para alguns de seus discípulos no intuito de animar-lhes o coração algo relacionado com justiça. Isso está relatado em Lucas (sempre ele!), capítulo 18, a partir do primeiro verso. Um texto que nos ensina e remete aos dias de hoje. Há uma discussão sobre o papel da CNJ em relação a fiscalização da magistratura. E existe – isso conhecido há anos – um corporativismo aberto dentro do judiciário. Aquela coisa que a maçonaria potencializa e muito. A tal da iniqüidade que tanto ouvimos falar. Iniquidade enquanto falta de equidade. O que não pode, em hipótese nenhuma, existir na Justiça. Pois o CNJ, ou Conselho Nacional de Justiça, através da corajosa Eliana Calmon, afirmou que “o poder sofre com a presença de bandidos escondidos atrás da toga” ( JB Online -http://migre.me/5S6UW). Que declaração! E quanta verdade há nisso, pois na mesma matéria que apresento aqui (link acima) afirma que há 35 Desembargadores suspeitos de crimes. E a reaçã

Minha terra, meu lugar... (maRcIO)

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Fico intrigado com um sentimento que me brota toda vez que volto para minha terra. É bem verdade que se estou fora de meu país, só o fato de ouvir português já me alegra. Mas indo um pouco além, há um toque de algo que me torna ainda mais identificado ou como que "sentimento de pertença": minha cidade. Converso com pessoas de outras cidades e descubro o mesmo: só se sentem realmente em casa quando estão na cidade onde foram criadas (não, o fato de terem nascido no local apenas não é suficiente). E não importa o quanto tenham passado em outra localidade. E me vejo em grande número de viagens. Descobrindo lugares deliciosos, sotaques que adoro repetir e brincar (e sem nenhum deboche ou sentimento pejorativo), gente com características tão marcantes e positivas que não vejo em meu próprio povo (nos cidadãos de minha cidade). Aliás, será que cidadão não advêm de cidade? Provável. E quanto mais viajo, mais me admiro pela minha terra, o "s" puxado como se

Código da Vida

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Pois é, quando me pego decidido a escrever neste meu Blog percebo que as críticas me motivam muito mais do que os elogios. E olha que em 2011 tenho lido bem mais do que em anos anteriores e muito menos do que, sinceramente, deveria. Tenho uma série de jornais recortados com notícias que, em sua absoluta maioria, são críticas. E aqui estou eu a criticar o livro de Saulo Ramos - Código da Vida. em termos de estilo, da maneira como o autor apresenta uma obra grande (mais de 440 páginas) é sensacional. Inovadora, prende-nos com uma história aparentemente boba, perpassando a mesma (sem preocupação cronológica) com inúmeras histórias do Brasil. Sim, como testemunha ocular de muitos acontecimentos dos bastidores de nossa política brasileira. E eu estava gostando muito do livro. Muito mesmo. Discordando em algumas partes, surpreso em muitas outras, mas gostando. Até que o douto Saulo adentra o cenário do governo Sarney nos anos 80, onde ele, Saulo, foi ministro de Estado. Bem, aqui não vou nem

GUINÉ-BISSAU... e uma homenagem aos lusófonos

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A língua nasceu solta e desenvolta. Nasceu virada para fora de si, irmanada com os lábios, os dentes e as cordas vocais que lhe deram a fala, a música, o grito e o silêncio, próprio da caverna onde livremente se encontra enclausurada. A língua serve-se dos olhos, de tudo ao seu alcance e fora dele para, sem papas, testemunhar a nossa relação com a vida. A língua é assim aquela coisa que nos permite, dentro do nosso silêncio, dizer tudo sem nada ter dito. Pois em língua e só nela carpimos os nossos mortos, contamos as nossas histórias e estórias, cantamos as nossas noivas quando rumo à casa do futuro marido deixa para trás a casa que a viu nascer e crescer. E só a língua permite a cada um dizer tudo, menos aquilo que se pensa, num jogo social em que cada um, munido do disfarce que julgar ideal, vai passando pelos círculos que a teia tece. A língua, essa coisa esguia, nem sempre severa, guiada pela mente, vestida de uma mão ou, por vezes, de apenas três dedos — que podem ser de conversa

FASE DO SILÊNCIO...

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Saber ouvir realmente é um dom. Torna-se necessário quando se cuida de pessoas - ou ao menos se pensa que se está cuidando... (gerúndio fora de hora...). Estou em um momento de ouvir mais do que falar. Tudo tem um propósito, dizem, a Bíblia diz, e eu creio. Às vezes reclamo, mas creio. Ele nos chama a atenção de diversas maneiras, mas uma predileta ele costuma usar e vem através de lutas. Não, não estou passando mais tantas lutas, mas não consigo ficar eufórico com mais nada. Será que estou perdendo o otimismo tão presente em meu coração? Ou estou percebendo que as pessoas são como de fato são e eu nunca quis acreditar? Ou por último estou amadurecendo? O certo é que estou querendo ficar mais calado. Mesmo. Pastoreio? Pouco, pouquíssimo. Família? Ah, família tem sido meu grande prazer. Por isso, não vou vacilar. Então, se nada mais tenho a dizer, se pessoas não estou a cuidar, resta-me a família, alguns amigos (raríssimos) e, sim, este sim, o silêncio...