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Mostrando postagens de maio, 2011

Código da Vida

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Pois é, quando me pego decidido a escrever neste meu Blog percebo que as críticas me motivam muito mais do que os elogios. E olha que em 2011 tenho lido bem mais do que em anos anteriores e muito menos do que, sinceramente, deveria. Tenho uma série de jornais recortados com notícias que, em sua absoluta maioria, são críticas. E aqui estou eu a criticar o livro de Saulo Ramos - Código da Vida. em termos de estilo, da maneira como o autor apresenta uma obra grande (mais de 440 páginas) é sensacional. Inovadora, prende-nos com uma história aparentemente boba, perpassando a mesma (sem preocupação cronológica) com inúmeras histórias do Brasil. Sim, como testemunha ocular de muitos acontecimentos dos bastidores de nossa política brasileira. E eu estava gostando muito do livro. Muito mesmo. Discordando em algumas partes, surpreso em muitas outras, mas gostando. Até que o douto Saulo adentra o cenário do governo Sarney nos anos 80, onde ele, Saulo, foi ministro de Estado. Bem, aqui não vou nem

GUINÉ-BISSAU... e uma homenagem aos lusófonos

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A língua nasceu solta e desenvolta. Nasceu virada para fora de si, irmanada com os lábios, os dentes e as cordas vocais que lhe deram a fala, a música, o grito e o silêncio, próprio da caverna onde livremente se encontra enclausurada. A língua serve-se dos olhos, de tudo ao seu alcance e fora dele para, sem papas, testemunhar a nossa relação com a vida. A língua é assim aquela coisa que nos permite, dentro do nosso silêncio, dizer tudo sem nada ter dito. Pois em língua e só nela carpimos os nossos mortos, contamos as nossas histórias e estórias, cantamos as nossas noivas quando rumo à casa do futuro marido deixa para trás a casa que a viu nascer e crescer. E só a língua permite a cada um dizer tudo, menos aquilo que se pensa, num jogo social em que cada um, munido do disfarce que julgar ideal, vai passando pelos círculos que a teia tece. A língua, essa coisa esguia, nem sempre severa, guiada pela mente, vestida de uma mão ou, por vezes, de apenas três dedos — que podem ser de conversa

FASE DO SILÊNCIO...

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Saber ouvir realmente é um dom. Torna-se necessário quando se cuida de pessoas - ou ao menos se pensa que se está cuidando... (gerúndio fora de hora...). Estou em um momento de ouvir mais do que falar. Tudo tem um propósito, dizem, a Bíblia diz, e eu creio. Às vezes reclamo, mas creio. Ele nos chama a atenção de diversas maneiras, mas uma predileta ele costuma usar e vem através de lutas. Não, não estou passando mais tantas lutas, mas não consigo ficar eufórico com mais nada. Será que estou perdendo o otimismo tão presente em meu coração? Ou estou percebendo que as pessoas são como de fato são e eu nunca quis acreditar? Ou por último estou amadurecendo? O certo é que estou querendo ficar mais calado. Mesmo. Pastoreio? Pouco, pouquíssimo. Família? Ah, família tem sido meu grande prazer. Por isso, não vou vacilar. Então, se nada mais tenho a dizer, se pessoas não estou a cuidar, resta-me a família, alguns amigos (raríssimos) e, sim, este sim, o silêncio...