APOSTASIA MODERNA (Continuação1)


PARTE 1 – A INAUGURAÇÃO DO REINO & O ENGANO
Jesus inaugura o Reino de Deus. Não externamente, mas no interior com a fundamental ajuda do Espírito Santo (Lucas 17: 20 e 21). Seu estabelecimento será continuado através dos discípulos, preparados pela ação poderosa deste Espírito. Eles proclamam as boas notícias. Cuidam dos pobres, dos mais necessitados, curam enfermos e os inserem na sociedade. Fazem irmãos a homens e mulheres de nacionalidades diferentes e que não se davam. Fizeram sentar à mesa, ricos e pobres, escravos e livres.
Este Reino impressiona, constrange, desperta. Não à toa, estima-se que metade do Império fazia parte desse Novo Reino! E foi por conta dessa mensagem que Jesus morreu. Ela desagradou aos religiosos. E também à Roma. E ele continuou através dos discípulos... e o que será que o Adversário preparou? Primeiro, perseguição, e ela só fez aumentar os servos do Rei. Então, com astúcia, preparou a sedução e o engano. Ou seduz com os brilhos deste mundo ou engana proclamando o céu. O Reino é deixado de lado. Assumimos a “agenda” do adversário.
O primeiro golpe que o cristianismo estabelecido por Jesus sofre se dá com o estabelecimento do cristianismo como religião do Império. De perseguidos, passaram a sentar-se à mesa do Imperador... Depois de um período de lutas por poder, alguns homens e mulheres rompem com o sistema religioso-político e fogem para a clausura. Semelhantes a João Batista... Mas Jesus não foi um asceta. Elogiou João Batista, mas disse que o menor no Reino seria maior do que ele. Porque ele não veio para viver escondido, mas inserido e inserindo os que estão fora. Não era esta a solução...


PARTE 2 - UM EXEMPLO – FRANCISCO DE ASSIS & O GOLPE ATUAL - INDIVIDUALISMO
Tivemos Francisco de Assis, o mais próximo representante do que Jesus implantou como mais importante: o amor. Ele estava excluído do sistema, mas inserido entre os mais pobres, sem lutas de poder. Pregava, se preciso, com palavras. Exemplo enorme, e com presença feminina também. Clara!
Depois tivemos a Reforma. Fundamental, pois nos trouxe a Graça de volta à nossa fé. Menor que Francisco de Assis, pois se envolveu com política e com o poder. E, a partir daí, iniciamos um processo de busca por riquezas e, com o mercantilismo e, principalmente, a Revolução Industrial e os conceitos do que entendemos como capitalismo, enveredamos por um caminho que não conseguimos retroceder. Pelo contrário, somente afundamos a cada dia.
E é aqui que a apostasia se acentua. Onde o individualismo assume o lugar do coletivo. Onde a Igreja se faz com um. Não mais com dois ou três. E a mensagem afirma que precisamos ir para o céu. E a mensagem de Lutero, da maravilhosa Graça, sem perceber, foi tragada pelo evangelho barato, pela graça barata, pela salvação de almas... quando o ser humano não é apenas alma.
E o problema não é a salvação. Pois ela se dá pela Graça mesmo. Ponto final. No entanto, há muito mais que precisamos fazer em nossa vida, enquanto vivemos. Precisamos mudar o nosso caráter (tarefa ingrata e que em uma vida será difícil conseguirmos vitória total), e tentar minorar a situação em que este mundo se encontra. Seja socialmente, seja psicologicamente, seja espiritualmente. Temos muito o que fazer, mas nos contentamos com a mensagem de salvação, não buscamos a semelhança.
E aqui se dá a apostasia mais perigosa de todos os tempos. Porque a mensagem ficou muito fácil. A salvação é fácil mesmo. Mas a caminhada não. Mas estamos preocupados demais, envolvidos demais. Em II Timóteo, Paulo adverte: “nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou” (2:4).

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