SINAIS CLAROS DE UMA VIDA RELIGIOSA - 2a. PARTE


3º.) Quando organização se torna uma obsessão que gera uma institucionalização da Igreja – hierarquia no Reino?!
Constantino foi uma personagem de desagregação da visão apostólica. Havia ordem na Igreja, eles seguiam a doutrina dos apóstolos, eram perseguidos. Havia submissão uns aos outros, com problemas, é claro, mais havia. E comunhão e amor. O que acontece em Constantino e seu convite ao cristianismo é que um bispo perseguido e marginalizado passa a ter a oportunidade de sentar-se à mesa do Imperador, o homem mais poderoso daquela época.

- PROBLEMA ANTIGO: Lucas 22: 24-27
No coração do homem sempre esteve o desejo de poder. Marcarmos o nome na história. E, como adoram proclamar os militares: “hierarquia é a mola mestra da sociedade”.

- AGRAVANTE: Cúria romana e suas vestimentas, seus chapéus. Seus anéis de ouro, o líder sentado no trono... e os protestantes? Paramentos, cores litúrgicas, solenidade, títulos, cargos, opressão, disputa por poder.
E porque Judas precisou beijar a Cristo? Porque o Mestre era um igual aos discípulos. Simplicidade.

- POSIÇÃO BÍBLICA: Lucas 22: 26
Mas não será assim entre vocês...


4º.) Quando o Culto é o centro de minha comunhão com o Pai – Missa? Místico?
Chegamos em um momento de tantas denominações – e por todas partirem das mesmas matrizes teológicas e práticas, praticam cultos e mais cultos. Não vamos entrar, por enquanto, na questão dos inúmeros cultos por ganância financeira.
A vida crista se transformou em irmos à Igreja (como pode a igreja ir à igreja...) para os cultos, as celebrações. Louvor, avisos, oferta, Palavra. E oferta. E mais uma oferta. Porque não?

- PROBLEMA DA PÓS-MODERNIDADE: No século XIX já tínhamos muitos cultos, mas nem perto do que temos hoje. No final do século XX e inicio do XXI eles tomaram conta de nossas vidas cristãs, consumindo nossas energias, recursos, impedindo a comunhão entre irmãos de diferentes dogmas (afinal, não posso estar com vocês, pois tenho culto em minha igreja... (argh!)).

- AGRAVANTE: Cultos específicos para cada tipo de problema. Individuais, claro! Com o advento na Medicina e em outras ciências das especialidades, passamos a ter as nossas também:
2ª. Feira – Culto da Família;
3ª. Feira – Culto dos Empresários (coitadinhos, não é mesmo?!);
4ª. Feira – Culto da Prosperidade (fundamental...);
5ª. Feira – Culto da Vitória;
6ª. Feira – Culto de Libertação (descarrego!);
Sábado – Jovens;
Domingo (manhã): Culto de Doutrina;
Domingo (noite): Culto de Milagres.
Importante: Em todos os cultos e a cada novo ano será tempo de restituição! Aleluia!

- POSIÇÃO BÍBLICA: Romanos 16:1-16.


5º. ) Quando a mensagem se torna individualista e egoísta – para mim ou para nós?
O foco da pós-modernidade esta no ser humano, no indivíduo. Músicas focadas no “eu” e na resolução dos meus problemas. Preciso de um milagre... Mensagens e ministrações que contemplem a minha necessidade.

- PROBLEMA PÓS-MODERNO: Indiferença em relação ao problema do outro. Não há espaço para o nós, somente para mim e para o meu terrível caroço!
Igreja não se mobiliza pela justiça, não trabalha em prol dos pobres, não faz a diferença e, com isso, não ganha o direito de ser ouvida.

- AGRAVANTE: Justificativas para a inoperância e a mudança de mentalidade que justifique o status quo. Inversão da culpa. Pobre é preguiçoso, por exemplo.

- POSIÇÃO BÍBLICA: Mateus 6:9-13
No “Pai Nosso”, e não no “Pai Meu”. No onde estiverem dois ou três reunidos no nome de Jesus, na preocupação pelos mais de cinco mil que tinham fome após muitos milagres. Porque Deus trata o indivíduo, mas quer o indivíduo cuidando de outros, se preocupando com os que sofrem. E em nossa vida de correria e num mercado onde cada um caminha por si, como a mensagem pode se moldar a esta mentalidade? Romanos 12 fala da renovação da nossa mente, de não nos conformarmos com este mundo, etc. E nós nos preocupamos com o tipo de música que podemos ou não ouvir, o tipo de roupa, o linguajar.

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