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Mostrando postagens de 2014

SAMPA... Dois Anos de um Carioca na Terra da Garoa

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Lembro de quando, no período da forte   onda neoliberal, muito se falava em globalização. E dentre as coisas mais temidas na globalização, estava a fusão entre empresas e, consequentemente, a incorporação de um determinada área por outra e o aproveitamento ou não de muitos de seus funcionários com atividades similares. Quando se tinha sorte, o funcionário “ganhava” o direito de permanecer na empresa. Mas, muitas vezes, não na mesma cidade. E lá no meu Rio de Janeiro, ouvi (e talvez tenha dito também)... “Cara, só não me peçam pra morar em São Paulo!”. Pois é. Há dois anos aceitei o desafio de morar lá, mesmo que sem fusão. E nessa con-fusão, sou grato pelos dois anos vividos na terra da garoa e que passaram... bem, passaram devagar, com toda a certeza! E aqui, deixo uma breve homenagem a esta mega-hiper-ultra-cidade (com todos os hífens que tenho ou não tenho direito). São Paulo, Sampa, a “cidade sangue quente” – bem poderia dizer a carioquíssima Fernanda Abreu. A cidade do c

Apenas um desabafo...

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Cabeça que não para. Projetos, sonhos e planos. Mais de quatro horas da matina. Frustações, tristezas. Poucos amigos. Raríssimos, a bem da verdade. Semana decisiva. Deus é bom, apesar de mim. Na plataforma da vida, como canta Milton Nascimento, muita gente "vai pra nunca mais". Mortos, estando ainda vivos. Pouca saudade. Não mereceram a amizade, tão pouco as risadas, os abraços e beijos. Mas eu os dei. E não retiro. Lendo e ouvindo coisas sobre ações em nome de Deus, me irrito um pouco. Muita fala, pouca concretude em favor de quem precisa. Intelectualóides. Conheço a maioria deles. Cansativo demais. E a cabeça não para... Querem salvar o mundo. Não salvam a si mesmos. Não se conhecem. Teólogos de meia tigela. Mas têm respostas pra (quase) tudo. Cansaço. Criticam o sistema. Vivem dele. Hipócritas! Vamos para as favelas? Apoiar de verdade (botando grana, tempo) a quem está nos cantões desse Brasil? Ou querem pregar em palestras (intermináveis!) e cantar nas inúmeras igreja

Solidão e Solitude - (texto escrito em 2009)

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Mundo globalizado, informatizado, conectado e solitário. Pessoas estão ligadas umas às outras virtualmente. E-mails são conhecidos, páginas de relacionamentos diversas. Distância, solidão. Em um mundo de intensas buscas, de correria que aumenta sempre e mesmo com todas as ferramentas que temos disponíveis, para que os processos sejam acelerados, para que a comunicação seja mais e mais ágil, o dia parece pequeno, insuficiente. Quero almoçar com alguns amigos, (até porque minha alimentação corresponde ao dia-a-dia capitalista – fast-food trash, ou em bom português, ‘alimentação que um dia o corpo pedirá a conta de tanta irresponsabilidade!’). Quero passar na casa de antigos irmãos de caminhada. E pessoalmente, sem celulares, sem mandar um torpedo, até porque torpedo só em caso de guerra e todos queremos a paz... Mas o meu dia foi tão cheio... E amanhã tem mais, e esta semana está tomada, o mês muito difícil, e fazemos planos para 2010. Que não serão cumpridos. E me lembro do início des

A verdadeira Ditadura

Morei no Canadá por um tempo. E lá, entre tantos estrangeiros, conheci um angolano. Engraçado, figuraça! E ele me disse, quando afirmei, cheio de pompa, que vivíamos uma guerra civil no Rio de Janeiro (por conta do tráfico de drogas no início dos anos 2000): "Eu nasci na guerra, você não sabe o que é uma guerra civil...". Calei.  Hoje, ao ver imagens da Venezuela, ouvir os comentários sobre a Argentina, e pasmar com os comentários daqueles que afirmam que vivemos numa ditadura, num Estado de exceção, resolvi escrever sobre a ditadura. Mas aí, encontrei o texto de Hildegard Angel, filha de Zuzu Angel, irmã de Stuart Angel. Socialite, escreve (ou escrevia) um monte de futilidades (para mim) no Jornal "O Dia" do Rio de Janeiro. Apesar disso, ela viveu a perda do irmão e da mãe para a ditadura militar brasileira. Afirma que as corrupções também existiam, só que sem Justiça, investigação ou CPI. O comunismo que veio (o medo vermelho que tinham...), foi a frota norte

Desculpas imperdoáveis, hipocrisia e politicamente chato

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Resolvi escrever de novo. Escrevo para me sentir liberto. Liberto de um monte de ideias que me atormentam. Ouço bobagens, leio sandices, escrevo idiotices. Sim, não estou isento. Mas procuro exercer algum olhar crítico de tudo o que leio. Por que sempre somos influenciados. Bom, e porque há coisas muito chatas nas redes sociais. Também na vida, mas muito mais nesse novo fórum, aberto a todo tipo de ideias (e isso é muito bom), mas que apresentam idiossincrasias. Coisas como "a culpa é do PT", "o Lula é o demônio", "Venezuela é uma ditadura, assim como o Brasil", "o ator tal é bicha", "ungido de Deus", "benção é dinheiro, e vice e versa", "corintiano é tudo ladrão", etc. Exageros. Chatices! Mas vamos em frente, aos que ainda quererão ler... Li um texto ótimo da colunista Lúcia Guimarães, com o título "Desculpas Imperdoáveis", no Estadão de ontem (17/02/14). Ela cita a situação da professora da PUC-RJ que

A PRIVATARIA TUCANA - Livro de Amaury Ribeiro Jr.

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Encontro com meu coração febril, dolorido. Isso porque sou um otimista. Não apenas sou internamente um otimista, mas declaro meu otimismo, compartilho esperança e fé por onde passo. Sou assim, além de bem humorado. Vejo melhoras no país, na estrutura como um todo, nas melhores condições de vida dos mais pobres. Na ascensão da classe chamada de "C", que comem mais, curtem mais a vida. Nem tudo são flores, eu bem sei. Mas melhorou, graças a Deus. Fui concursado da Telerj (empresa de telecomunicações do Rio de Janeiro) e enfrentei o período da privatização da mesma. Começo dizendo isso por causa do livro que estou lendo. Internamente passei em outro concurso e fui para a recém criada Telerj Celular. A fixa seria comprada pela Telemar (hoje Oi) e a móvel pela Telefonica de Espanha (hoje Vivo). Acompanhei de perto a sucatização cada vez maior da empresa estatal, com críticas de todos os lados, valor de mensalidade ridícula e qualidade péssima. E a mídia, sim, sempre a favor d

Pausa para uma conversa com o Beija Flor

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Já fiz um filho, escrevi um livro e plantei uma árvore. Já posso morrer. Mas quero muito viver. Venho de uma família, por parte de minha mãe, que viveu pouco. Muitas perdas. Perdas são dolorosas demais. Com o passar dos anos, a sensibilidade pelas pequenas coisas aumenta de maneira exponencial. Hoje em dia paro para ver o voo dos passarinhos, ouvir o som estridente de uma ou várias maritacas. Antes não tinha tempo para nada. E o antes não é tão distante assim. Entrei em 2014 com uma liberdade diferente de tantos outros anos. E me redescobri menino. Um menino grandão, meio grisalho. Um menino que não quer crescer, mas não digo como alguns adultos de hoje em dia que são ótimos vivendo na casa dos pais. Apenas me quero menino. Sonhos e ambições de menino invadem meu coração e mente. E quais são, meu bom Deus, as ambições de um menino?! Poucas. Pois é, me descobri com poucas ambições, mas nem por isso com sonhos diminutos. E me deparei com essa pintura na parede do SESC em